Caqui: bons motivos para incluir essa fruta em seu cardápio

Escrito por

iStock

O caqui é uma fruta de origem asiática, proveniente mais especificamente da China e do Japão. Foi trazida ao Brasil pelos japoneses no período de imigração em massa que ocorreu no fim do século XIX.

Hoje, já estão catalogadas mais de 800 espécies de caqui. No entanto, no Brasil são mais comuns duas variedades: o caqui mais vermelho e macio, chamado rama forte, com casca superfrágil e que lembra um tomate. A outra versão, que conhecemos como fuyu, é mais firme, com casca um pouco mais grossa e alaranjada.

3 bons motivos para incluir o caqui no seu cardápio

iStock

O período entre o outono e início do inverno é a melhor época para comer o caqui. É nesse momento que o caquizeiro dá os frutos naturalmente e podemos encontrá-los com bastante facilidade nos mercados e feiras livres. Também é nessa época que eles estão mais saborosos.

Vamos dar alguns bons motivos para inclui-lo na sua alimentação:

1. É muito nutritivo

A vitamina mais encontrada no caqui é a vitamina C. Esta vitamina promove melhora no sistema imunológico, tem efeito antioxidante (que significa que neutraliza ou diminui os efeitos dos radicais livres, substâncias naturalmente produzidas pelo organismo que provocam danos em várias estruturas moleculares, causando envelhecimento e diversos tipos de doenças).

Também é encontrada no caqui em grandes quantidades a vitamina E, através do betacaroteno (a mesma substância encontrada na cenoura, também rica em vitamina A). A vitamina E promove melhora na textura da pele e dos cabelos, possuindo também propriedades antioxidantes. Também é muito importante na prevenção de doenças cardiovasculares, na medida em que estimula a produção de glóbulos vermelhos no sangue e atua na dilatação dos vasos sanguíneos, impedindo a formação de coágulos (1).

    Veja as informações nutricionais do caqui (2).

    • Calorias: 71
    • Fibras: 6,5 g
    • Cálcio: 18 mg
    • Vitamina C: 29,6 mg
    • Potássio: 164 mg
    • Fósforo: 18 mg
    • Carboidrato: 19,3 g

    Perceba que a fruta tem uma quantidade elevada de carboidratos. Portanto, se você segue algum tipo de dieta que preveja restrição desse macronutriente, o caqui não é uma boa escolha de fruta.

    É sempre bom lembrar que a melhor época para o consumo de qualquer fruta é a que naturalmente aparece na natureza. Quando encontramos certas frutas fora da época da safra natural, é mais provável que as sementes tenham sido geneticamente modificadas ou mesmo que tenha sido feito uso massivo de agrotóxicos.

    2. Melhora do funcionamento intestinal

    Como mostrado acima, o caqui possui alta quantidade de fibras. A quantidade presente em apenas uma fruta representa cerca de 27% do total diário de consumo recomendado pela ANVISA.

    Por serem fibras solúveis, elas prorrogam a sensação de saciedade, já que demoram mais a serem digeridas. Isso, claro, irá auxiliar na manutenção do peso ou mesmo a diminuição, em dietas para emagrecimento.

    Ademais, as fibras auxiliam o bom funcionamento do intestino, acelerando o tempo do trânsito intestinal. Contudo, devemos lembrar sempre de combinar o consumo de fibras com bastante água (3).

    3. Perda de peso

    Além da presença de grande quantidade de fibras no caqui, que favorece a sensação de saciedade e pode ajudar no emagrecimento saudável, a fruta é composta de cerca de 80% de água.

    O caqui não é um alimento pobre em calorias, pois tem boa quantidade de frutose, que é o açúcar das frutas. São cerca de 13 gramas a cada 100 gramas de caqui. Portanto, é um ótimo alimento para ser ingerido antes de atividades físicas, pois fornecerá bastante energia ao corpo, através de carboidratos complexos.

    A ingestão de carboidratos antes de atividades físicas é essencial para prevenir a fadiga e manter as funções vitais do organismo durante a prática. Mas fique atento à quantidade: como dissemos, o caqui tem uma quantidade elevada de açúcar, portanto, é recomendada moderação e equilibrar o consumo de acordo com seus objetivos dietéticos.

    O caqui, por ser uma fruta de consistência frágil, deve ser consumido rapidamente e guardado sempre em locais frescos, de forma a evitar que se deteriore mais rapidamente que o desejado.

    Evite comprar quando perceber que a fruta já possui a casca rompida, já que é um sinal que está maduro demais e, claro, a proteção natural da fruta já não está presente. Guarde na geladeira e lave-o somente na hora do consumo e nunca antes de guardá-lo na geladeira, pois poderá azedar.

    Alertas sobre o consumo

    iStock

    Como qualquer outro alimento, o caqui deverá se adequar aos seus gostos e limitações alimentares.

    Por ser um alimento rico em frutose, possui um nível glicêmico elevado. Isso quer dizer que eleva o nível de glicose no sangue de forma mais acelerada. Vamos ver algumas contraindicações do consumo:

    • Pacientes diabéticos: o caqui pode provocar picos de açúcar no sangue e gerar um descontrole da glicemia. Então, se você é diabético, antes de consumir o caqui sempre verifique o seu nível glicêmico no momento para não desenvolver uma hiperglicemia.
    • Gravidez: a fruta já foi apontada em alguns casos como um abortivo natural. Portanto, apesar de não haver ainda estudos científicos definitivos sobre o assunto, sempre consulte seu médico obstetra e nutricionista antes de inserir o alimento na sua dieta durante a gravidez.
    • Diarreias: o caqui chamado giombo é rico em taninos, uma substância que causa a sensação de adstringência na boca. O consumo dessa substância em grandes quantidades pode provocar desarranjos intestinais. No entanto, o caqui rama forte (o mais vermelho e parecido com um tomate) não possui taninos.

    Sendo uma fruta tropical, presente em quase todo o território nacional, o caqui tem grande aceitação. É uma fruta cheia de vitaminas e minerais e, além de tudo, muito saborosa, podendo ser consumida crua ou utilizada em receitas salgadas e doces, inclusive em geleias.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.