Óleo de linhaça: indicações, benefícios para a saúde e como tomar

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A linhaça é a semente do linho, uma planta cujas fibras são utilizadas na produção de tecidos e cordas desde a época do Egito Antigo. Rica em fibras, proteínas e ácidos graxos, a linhaça pode ter infinitas utilidades como alimento. A farinha de linhaça se resulta da semente triturada. As sementes podem ser consumidas com iogurtes, sorvetes e saladas (1). Dessa sementinha poderosa também se obtém o óleo de linhaça, um ingrediente com alto teor nutritivo.

O óleo de linhaça é extraído através da prensagem a frio das sementes, o que resulta em óleo de coloração amarela e fonte de Ômega 3, substância que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, capazes de combater várias doenças.

Óleo de linhaça: indicações

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O consumo regular desse óleo vegetal é extremamente benéfico para a saúde, pois pode prevenir doenças cardíacas, neurológicas e reumáticas. Além disso, o óleo de linhaça também é considerado um excelente produto cosmético, pois é rico em vitaminas e sais minerais, substâncias que ajudam no crescimento e hidratação capilar. Veja, a seguir, outros benefícios obtidos ao acrescentar o óleo de linhaça ao seu cardápio diário:

1. Regula a função intestinal

O óleo de linhaça possui fibras em sua composição, o que contribui para reduzir a prisão de ventre. A constipação intestinal é uma condição incômoda e prejudicial à saúde, pois causa gases, inchaço e dificulta a perda de peso (2).

2. Evita doenças cardiovasculares

Além do Ômega 3, as sementes de linhaça também possuem uma substância chamada de ácido alfa linolênico (ALA), um ácido graxo capaz de diminuir os níveis de colesterol LDL do organismo (colesterol ruim) e reduzir a pressão arterial, fatores de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares.

3. Combate o câncer

Estudos científicos sugerem que o Ômega 3 encontrado em abundância no óleo de linhaça é capaz de prevenir alguns tipos de câncer, como o de próstata, de intestino e o câncer de mama (3). Isso porque os ácidos graxos Ômega 3 e ALA presentes nesse óleo vegetal possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que evitam a degeneração celular e impedem que células doentes se proliferem para outros órgãos (metástase).

4. Diminui os sintomas da TPM

O óleo de linhaça contém isoflavona, composto de origem vegetal que controla os hormônios femininos, reduzindo os sintomas da TPM e os fogachos da menopausa.

5. Controla a glicemia

O óleo de linhaça é rico em fibras, que impede que os açúcares dos alimentos sejam absorvidos rapidamente pelo organismo. Isso ajuda a manter sob controle os níveis de glicose no sangue, o que torna o produto um grande aliado dos diabéticos.

6. Melhora os sintomas da artrite

Os ácidos graxos Ômega 3 do óleo obtido através da prensagem a frio das sementes de linhaça também reduzem os incômodos causados por doenças reumáticas, como a artrite, por exemplo. Uma colher de sopa por dia desse poderoso óleo reduz o inchaço e a rigidez das articulações de quem sofre da doença.

7. Oferece hidratação para pele

As vitaminas, sais minerais e ácidos graxos encontrados no óleo de linhaça contribuem para a hidratação da pele, reduzindo o ressecamento, rugas e linhas de expressão. Você pode aplicar o óleo diretamente sobre a pele ou acrescentá-lo ao seu hidratante preferido.

8. Proporciona cabelos bonitos e saudáveis

Uma colher de sopa do óleo diluída em cerca de 4 ou 5 colheres de sopa da sua máscara capilar deixa os cabelos macios, hidratados, livres de frizz, de quedas e da caspa. Para isso, aplique a mistura nos fios e deixe agir cerca de 30 minutos.

Viu só como o uso regular do óleo de linhaça pode oferecer vários benefícios para a sua saúde?

Óleo de linhaça emagrece?

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Sim, podemos afirmar que o óleo de linhaça ajuda na perda de peso, graças aos ácidos graxos presentes no óleo. O Ômega 3 e 6, além de controlarem o apetite, também melhoram o fluxo intestinal do indivíduo, o que reduz o inchaço e faz com que o organismo elimine as toxinas através das fezes.

Além disso, o Ômega 3 reduz o tamanho das células adiposas e fornece boa quantidade de energia para o corpo, fazendo com que não seja necessário um alto consumo de carboidratos para obtê-la. O óleo também funciona como um excelente termogênico, acelerando o metabolismo e facilitando a queima de gorduras.

Entretanto, deve-se aliar o consumo do óleo de linhaça a uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, vitaminas e sais minerais para que os efeitos benéficos do produto sejam desfrutados em sua plenitude (4).

Como usar o óleo de linhaça

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No mercado nutracêutico é possível encontrar o óleo de linhaça na forma de cápsulas ou na forma líquida. A quantidade do produto a ser ingerida por dia vai depender de vários fatores, como o benefício que você deseja obter ao utilizá-lo.

Cápsulas

Disponíveis em versões de 500 ou 1000 mg, as cápsulas devem ser ingeridas na quantidade máxima de três vezes ao dia. A administração deve ser feita 15 minutos antes das principais refeições, como café da manhã, almoço e jantar.

Óleo

Já a forma líquida do produto deve ser consumida na quantidade de 1 a 2 colheres de sopa por dia. Você poderá acrescentá-lo em saladas ou em vitaminas de frutas, mas não deverá aquecer o óleo e nem abusar de sua quantidade, já que o mesmo possui calorias.

O ideal é que você converse com seu nutricionista para saber a dose necessária de ácidos graxos para o seu organismo. Esse é o profissional mais indicado para lhe indicar a dose diária do óleo de linhaça, de forma a preservar a sua saúde e manter o bom funcionamento do seu organismo.

Contraindicações e efeitos colaterais

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O óleo de linhaça é um produto natural, mas, como todos os demais nutracêuticos, ele deve ser consumido com cautela, para não provocar efeitos colaterais indesejados. Veja a seguir os principais cuidados a serem observados por quem está pensando em fazer uso do produto:

  • Não consumir o óleo de linhaça com outros medicamentos: essa gordura benéfica pode facilitar a absorção de nutrientes e de medicamentos pelo organismo, portanto, recomenda-se evitar a ingestão desse composto em conjunto com alguns remédios e suplementos naturais.
  • Evitar a superdosagem do produto: o óleo de linhaça deve ser ingerido na quantidade máxima de três vezes por dia, sempre antes das principais refeições. O seu uso em excesso pode provocar vários efeitos colaterais, como ganho de peso e diarreia.
  • Mulheres grávidas: estudos apontam que o consumo do óleo de linhaça durante o último trimestre da gestação pode causar parto prematuro. Portanto, mulheres grávidas devem informar o seu obstetra a respeito da ingestão diária do medicamento e interromper o seu uso a partir do sexto mês de gravidez.
  • Hipoglicêmicos: os ácidos graxos presentes no óleo de linhaça são capazes de reduzir os níveis de açúcar no sangue. Por esse motivo, recomenda-se consultar um médico antes de iniciar o uso do produto.
  • Pessoas com problemas na vesícula biliar: apesar de natural, o óleo é fonte de gorduras, o que colabora para a contração da vesícula. Isso é um grande risco para quem tem cálculos no órgão ou sofre de outras condições médicas.
  • Pessoas com problemas de coagulação sanguínea: além das contraindicações acima, deve-se observar que os ácidos graxos encontrados nesse óleo vegetal deixam o sangue mais fluido, o que pode prejudicar a sua coagulação.
  • Alérgicos: cabe ressaltar também que qualquer produto, ainda que natural, pode provocar reações alérgicas. Ao aparecerem sintomas como coceiras, dificuldades de respirar, diarreia ou vômito, o uso do óleo deve ser imediatamente suspenso e um profissional da área da saúde procurado.

O óleo extraído das sementes do linho possui um sabor agradável e pode ser utilizado como complemento de várias receitas do seu dia a dia. Fonte de Ômega 3, essa gordura vegetal é capaz de prevenir ou tratar várias doenças, incluindo cardiopatias e tumores malignos.

Agora que você já conhece os benefícios do óleo de linhaça, que tal incorporá-lo ao seu cardápio diário para ter uma saúde plena e mais qualidade de vida?

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.