A perda de peso é uma das resoluções mais conhecida. Seja por questões de saúde, seja por estética, ou até mesmo pelos dois, o fato é que milhões de pessoas ao redor do mundo lutam para vencer a guerra contra a balança.
O objetivo, em si, não tem problema nenhum. No entanto, ele começa a ganhar contornos perigosos quando o indivíduo adota uma alimentação excessivamente restritiva na ânsia por acelerar o emagrecimento.
O corpo, sendo a máquina inteligente que é, envia sinais mostrando que algo está errado no organismo. A seguir, você saberá identificar nove deles.
Quem quer perder peso segue uma receita bem básica: diminuir o consumo e aumentar o gasto calórico. Será que isso está certo?
Estudos provam que não: ao fazer isso, o indivíduo está mais prejudicando do que ajudando o organismo. A pesquisa teve como base a rotina alimentar e de exercícios das mulheres atletas, como as ginastas e dançarinas de balé (1).
Mesmo as atividades mais comuns do dia a dia — como subir as escadas, por exemplo — podem causar um cansaço excessivo se você não consome a quantidade de calorias necessárias para o funcionamento do cor
Quando penteamos ou lavamos o cabelo é normal que alguns fios caiam. Contudo, a partir do momento que essa perda capilar foge dos padrões normais a pessoa deve ficar em estado de alerta. Trata-se de um sinal de que ela não está se alimentando como deveria.
Nosso corpo precisa de uma quantidade específica de calorias e nutrientes para abastecer todo o organismo. Quando adotamos uma dieta pobre em biotina e proteína — para citar alguns dos nutrientes essenciais para a saúde — contribuímos para a queda capilar (2, 3 e 3).
Pode até parecer óbvio, mas algumas pessoas se esquecem de que quando a fome aparece é necessário fazer uma refeição. Impreterivelmente. Ignorar esse aviso do organismo é abrir caminho para uma série de problemas.
Um deles atinge, ironicamente, o aspecto físico. Uma pesquisa revelou que isso acontece como um efeito dominó: ao ingerir poucas calorias, a pessoa intensifica a produção de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Esse hormônio, por sua vez, aumenta a fome e a gordura abdominal (4 e 5).
Se você ou sua parceira está tentando engravidar sem sucesso o motivo pode estar escondido na má alimentação. O consumo excessivamente baixo de calorias impede a mulher de gerar uma criança.
Isso acontece porque o cérebro precisa ajustar regularmente a liberação de hormônios, inclusive os reprodutivos. E essa tarefa fica comprometida quando a mulher adota uma dieta com restrição calórica.
Uma pesquisa realizada com 36 mulheres abaixo do peso ideal revelou que, com uma alimentação balanceada, é possível aumentar as chances de gravidez. No experimento, 73% delas engravidaram (6).
Você já ouviu falar que dormir de barriga cheia não faz bem? Com certeza sim, e esse é um fato indiscutível. Só que o contrário também é igualmente prejudicial.
Quem consome poucas calorias nas refeições sofre com interrupções constantes durante o sono. Essa dificuldade em adormecer e atingir o sono profundo, responsável por registrar o que aprendemos naquele dia e pela nossa cognição, pode interferir também na nossa vida social.
Um estudo realizado com mais de 300 estudantes universitários revelou que existe uma ligação direta entre uma alimentação restritiva e o mau humor (7).
Quando pequenas coisas que não te faziam mal começarem a tirar sua paciência é melhor ficar de olho na alimentação. É bem capaz que você não esteja se alimentando corretamente.
A relação entre irritabilidade e baixa ingestão calórica já foi abordada pela comunidade científica inúmeras vezes no decorrer do tempo.
Na análise mais recente, envolvendo estudantes universitários e do Ensino Médio, o consumo calórico era tão baixo que foi associado à semi-inanição, que é quando a restrição calórica intensifica a debilidade física da pessoa (8).
No período paleolítico as pessoas comiam bastante durante os dias quentes. Dessa forma, quando o inverno chegasse elas sobreviveriam deixando o corpo utilizar a gordura “estocada” para manter o corpo aquecido. Os tempos mudaram drasticamente de lá para cá, porém, o organismo humano continua seguindo a mesma lógica para manter a temperatura corporal.
Sendo assim, se você não se alimenta direito é muito provável que você sentirá mais frio do que o normal. E isso acontece independentemente da pessoa realizar exercícios físicos regularmente (9).
A matemática aqui é bem simples: se você come pouco, então fará suas necessidades fisiológicas com menos frequência. Portanto, é importante que você se alimente com uma quantidade razoável de calorias para evitar a constipação.
“Ah, mas eu como bastante fibra…” — é o que algumas pessoas podem dizer por aí. Só que para o organismo isso não é o suficiente. É preciso que haja equilíbrio na alimentação para que a digestão ocorra na regularidade que é esperada.
Inclusive, uma pesquisa mostrou que a constipação aparece com mais frequência naqueles que não se alimentam o suficiente (10).
Uma simples melhora na alimentação pode livrar você de uma das principais doenças deste século: a ansiedade. E isso foi comprovado em várias pesquisas.
Uma delas abordou somente o público juvenil. Realizado com mais de 2.500 adolescentes australianos, o estudo mostrou que 62% daqueles que praticavam uma dieta extrema tinham altos índices de depressão e ansiedade (11).
Já outro levantamento feito com pessoas adultas e obesas trouxe resultados similares. Durante três meses, 20% daqueles que ingeriam entre 400 e 800 calorias por dia tiveram um aumento da ansiedade (12).
O processo de perda de peso pode variar de uma pessoa para outra dependendo de seu metabolismo. No entanto, reduzir o consumo calórico pode trazer mais problemas do que soluções.
Se você quer emagrecer com saúde, então adote uma alimentação equilibrada. Também é importante consultar um nutricionista para que ele possa desenvolver uma dieta que e ajude a emagrecer sem prejudicar seu organismo.
Fique de olho nos sinais que o seu corpo dá e tome as devidas providências. Coloque sua saúde em primeiro lugar!
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.