Assada, cozida ou feita em forma de purê, a batata-doce é um alimento que faz muito bem para a saúde, pois contém nutrientes, vitaminas e minerais essenciais para o corpo.
Possivelmente originário de regiões na América Central e da América do Sul, o vegetal ganhou fama por ser considerado uma opção mais saudável do que a batata tradicional, sendo utilizado em dietas de emagrecimento.
No entanto, será mesmo que comer batata-doce ajuda a perder peso? Ela pode proporcionar mais saúde para o organismo? Para ajudá-lo a responder essas questões, vamos mostrar qual é a composição nutricional e os benefícios desse tubérculo para o corpo.
Excelente fonte de carboidrato, a batata-doce também tem proteínas, fibras, vitaminas e minerais, substâncias vitais para que o corpo funcione corretamente e se mantenha saudável. Em 100 gramas do vegetal cozido, é possível obter cerca de 20 gramas de carboidratos, 3 gramas de fibras e 2 gramas de proteínas (1).
Além disso, a mesma porção tem 90 kcal e boas quantidade de cálcio, magnésio, potássio, fósforo e vitamina A e C. Entretanto, vale lembrar que a quantidade de calorias vai variar conforme a preparação e, se for frita, o valor energético aumenta muito.
A primeira diferença entre a batata-doce e a tradicional está no próprio formato e cor. A doce é maior, mais comprida e pode ser branca, roxa ou laranja. Em termos de preparação, ela pode ser utilizada tanto em pratos salgados quanto doces.
Já com relação às diferenças nutricionais, ambas têm praticamente a mesma quantidade de carboidratos, sendo que o valor energético da comum é menor, com 87 kcal em 100 gramas. Por sua vez, a doce tem 90 kcal (2, 3).
Avaliando os nutrientes, a batata tradicional contém vitaminas B e C, enquanto a doce é rica em vitamina A. Os dois tipos são saudáveis e podem ser utilizados de forma moderada em uma alimentação equilibrada. Porém, fique atento quanto ao método de preparado, dando preferências às versões cozidas ou assadas, com baixo uso de sal e óleo.
Por ser rica em vitaminas, minerais e substâncias antioxidantes, a batata-doce pode proporcionar diversos benefícios para a saúde, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e para o funcionamento do metabolismo.
Abaixo, confira os principais pontos positivos do consumo desse vegetal.
Um estudo da Universidade de Viena avaliou os efeitos da batata-doce para o controle dos níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo 2. Durante três meses, um grupo consumiu 4 gramas de extrato de batata-doce enquanto o outro apenas um placebo.
Os resultados indicaram uma diminuição significativa da quantidade de açúcar no sangue no primeiro grupo (4). Outra pesquisa ainda revelou que comer batata-doce melhora a sensibilidade à insulina, hormônio responsável por equilibrar os níveis de glicose no organismo (5).
Considerada um alimento de alta densidade nutritiva, a batata-doce é uma boa fonte de fibras, que promovem uma maior sensação de saciedade e diminuem a compulsão por comida.
Pesquisadores chineses avaliaram os impactos da batata-doce sobre a alimentação de ratos obesos ao longo de 12 semanas. Após esse período, os animais que consumiram o vegetal perderam peso e reduziram o acúmulo de gordura, o que poderia contribuir para um menor risco de obesidade e problemas metabólicos (6).
As substâncias antioxidantes são fundamentais para o controle de radicais livres que causam danos ao organismo e para a diminuição de doenças crônicas, como diabetes, problemas no coração e até mesmo câncer (7).
Além de ser fonte de carboidratos, proteínas e fibras, a batata-doce também contém antioxidantes. A do tipo laranja, por exemplo, é especialmente rica em betacaroteno, substância que promove a visão, melhora funcionamento do sistema respiratório e protege a pele contra os danos causados pelo sol (8, 9, 10).
Alguns estudos descobriram que o consumo de batata-doce também contribui para o bom funcionamento do cérebro, graças à elevada quantidade de antioxidantes que ela possui.
Os resultados mostram que o vegetal previne contra danos causados por processos oxidativos no cérebro, melhorando a capacidade cognitiva e a memória (11). Além disso, o consumo da batata-doce protegeria o sistema nervoso contra o envelhecimento e melhoraria as noções espaciais (12).
A batata-doce é rica em vitamina A, substância que exerce diversas e importante funções no organismo, principalmente com relação ao sistema imunológico.
A vitamina A estimula a formação de células de defesa que agem contra doenças e infecções (13). Pesquisas indicam que ela também ajudaria a eliminar células responsáveis pela formação de tumores (14).
Outros estudos ainda consideram que a suplementação dessa vitamina em populações com deficiência contribuiria para a redução de mortes causadas por doenças infecciosas (15).
Além de melhorar as defesas do corpo, a vitamina A age em prol da visão. De fato, a deficiência dessa substância está relacionada com problemas de ressecamento nos olhos, cegueira noturna e até mesmo, em casos extremos, perda completa da visão.
Outro componente que beneficia a saúde dos olhos e que está presente na batata-doce é o betacaroteno. Essa substância diminuiria os efeitos da degeneração macular, problema relacionado com o envelhecimento e que pode causar cegueira.
Assim como qualquer outro alimento, a batata-doce deve ser consumida com consciência e moderação, principalmente por pessoas com restrições alimentares. Quem tem diabetes deve ficar atento com a quantidade de carboidratos ingeridos, já que o vegetal é rico nessa substância.
Pessoas com pedras de oxalato de cálcio nos rins ou histórico na família também devem limitar o consumo de batata-doce, pois ela é rica em oxalato. Em excesso, isso pode levar à formação de cálculos renais (16).
Mesmo que seja incomum, a batata-doce ainda pode causar reações alérgicas em determinadas pessoas. Se após comer esse alimento você sentir coceira, irritação ou inchaço, procure atendimento médico o mais rápido possível.
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.