21 razões para você diminuir o consumo de processados e apostar na alimentação natural

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Por milênios, os seres humanos comeram apenas alimentos in natura. O alimento natural, feito com um único ingrediente, passou a ser composto e, posteriormente, industrializada.

Apesar de prático, o alimento processado levou aditivos químicos para a mesa e a empobreceu, retirando nutrientes essenciais para o corpo. As comidas desnaturadas se tornaram cada vez mais frequentes depois da Revolução Industrial. Na segunda metade do século passado, porém, as comidas verdadeiras voltaram a ter importância para muitas pessoas.
 
De lá pra cá, muitas pesquisas foram feitas sobre o tema e os resultados colaboram com a ideia de que alimentos reais (ou naturais) são fundamentais para manter a saúde e aumentar a qualidade de vida.
 
Se você ainda tem dúvida de que a alimentação natural pode mudar sua vida, conheça 21 motivos para investir nos alimentos naturais e evitar os industrializados.

1. São repletos de nutrientes importantes

Vitaminas e minerais que você necessita para manter a saúde já estão presentes nos alimentos não processados. Apenas para se ter uma ideia, 220 gramas de pimentão vermelho, brócolis ou laranja contêm mais de 100%  da vitamina C que precisamos diariamente. Uma única castanha-do-pará oferece todo o selênio, aproximadamente 120 microgramas, de que você necessita por dia (1).

A lista não para por aí: a maioria dos alimentos reais são boas fontes de vitaminas, minerais e outros nutrientes benéficos. E, ao contrário dos suplementos industrializados, é muito improvável que você tenha alguma overdose de nutrientes devido a algum desequilíbrio na dieta.

2. Têm baixo nível de açúcar

Pesquisas indicam que alimentos industrializados são mais açucarados e podem aumentar o risco de obesidade e doenças relacionadas, além de diabetes tipo 2, doença hepática gordurosa e doença cardíaca (2).
 
Salvo algumas exceções, o alimento real tem pouco açúcar e não é muito doce. Mesmo as frutas com mais açúcares possuem características positivas que compensam a ingestão, como fibras e vitaminas. Refrigerantes, por exemplo, cujo açúcar é mais concentrado, não são fontes de fibras.

3. Faz bem ao coração

Manter uma dieta rica em nutrientes não industrializados, que são ricos em magnésio e possuem gorduras saudáveis e menos sódio, reduz o risco de inflamações e de doenças cardíacas derivadas delas (3).

4. São bons para o planeta

A demanda por alimento cresce constantemente, acompanhando o aumento da população mundial. Devido ao descarte inadequado de embalagens e a efeitos poluentes decorrentes da produção, a indústria alimentícia provoca um grande impacto ao ambiente.
 
Em contrapartida, os alimentos naturais muitas vezes já vêm “embalados” pela natureza e produzem resíduos biodegradáveis e reaproveitáveis (4). 

5. São ricos em fibra

Além de melhorar o sistema digestório e, consequentemente, o metabolismo, a fibra provoca a sensação de saciedade com menos calorias, reduzindo medidas e peso.
 
Obter fibra naturalmente é melhor do que optar por suplemento de fibra ou por alimentos processados enriquecidos com fibra. Para isso, escolha alimentos como chia, linhaça e leguminosas, que são elementos com níveis elevados de fibra saudável (5).

6. Ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue

A Federação Internacional de Diabetes estima que mais de 400 milhões de pessoas tenham diabetes no mundo. Esse número tende a crescer e ultrapassar 600 milhões nos próximos 25 anos.
 
Acostumar-se a comer plantas fibrosas e alimentos de origem animal não processados pode reduzir a quantidade de açúcar ingerida diariamente, diminuindo os níveis de açúcar no sangue das pessoas e reduzindo o risco de desenvolver a doença.
 
Um estudo com diabéticos e pessoas propensas a desenvolver diabetes testou com sucesso a dieta paleolítica por 12 semanas. Com alimentação contendo carne fresca, peixe, frutas, legumes, ovos e nozes, os pesquisadores registraram uma redução de 26% nos níveis de açúcar no sangue (6).

7. Garantem uma pele mais saudável

A aparência de sua pele está ligada à sua saúde em geral, e comer de maneira saudável nutre e ajuda a proteger a pele do indivíduo de dentro para fora.
 
A perda de elasticidade e outras alterações cutâneas relacionadas com a idade podem ser reduzidas, segundo alguns estudos recentes, se houver mais legumes, peixe, feijão e azeite na alimentação cotidiana. Em contrapartida, é de conhecimento comum de que os alimentos processados ajudam a aumentar, entre outras coisas, a incidência de acne (7).

8. Regulam triglicérides

Níveis de triglicérides tendem a subir quando comemos açúcares e carboidratos refinados, dois elementos recorrentes nos alimentos processados. Minimizar a ingestão desses alimentos e substitui-los em seu cardápio por peixes, carnes magras, legumes e nozes mostrou-se eficiente na redução dos níveis anormais de triglicérides (8).

9. Alimentos naturais = variedade

Além de ser enjoativo, comer sempre os mesmos alimentos pode deixar vazia alguma lacuna nutricional. Incluir novos elementos ao seu cardápio fará diferença em sua saúde.
 
Alimentos naturais possuem grande variedade de cores, formatos, texturas e sabores. Aproveite a diversidade da natureza e sempre busque por “novos favoritos”. Experimente quiabo, kefir, quinoa e carnes pouco aproveitadas no Brasil, como rins (9).

10. A longo prazo, é mais barata

Uma velha desculpa para continuar consumindo alimento industrializado, além da praticidade, diz respeito ao custo dos alimentos naturais.
 
Em 2013, um estudo que envolveu dez países contatou que, em média, alimento natural custa U$ 1,56 / 2.000 kcal a mais do que os alimentos processados.
 
A longo prazo, porém, essa diferença fica irrisória e a alimento natural ganha vantagem ao ser comparada ao custo do controle de doenças crônicas, como o diabetes e a obesidade. Diabéticos, por exemplo, gastam mais do que o dobro com cuidados médicos do que pessoas sem a moléstia (10).

11. Possuem gorduras saudáveis

Sementes e abacates são ricos em gorduras saudáveis. Ao contrário de gorduras trans e processadas, a maioria dessas gorduras são necessárias ao corpo.
 
O azeite extravirgem é fonte de ácido oleico, uma gordura monoinsaturada boa para o coração. O óleo de coco contém triglicérides de cadeia média. Os peixes, como o salmão, o arenque e as sardinhas, são excelentes fontes de ômega-3 e ácidos graxos, ajudando a combater inflamações (11).

12. Reduzem o risco de doenças crônicas

Mudanças nos padrões alimentares, como a dieta mediterrânea e a dieta paleolítica, se mostraram eficientes na redução de diversas doenças crônicas, como moléstias cardíacas, diabetes e síndrome metabólica. Isso devido à ingestão de alimentos não transformados somado a um aumento do consumo de frutas, legumes e peixes.

Um estudo da Universidade de Harvard comprovou que uma dieta equilibrada colabora também para diminuir o risco de câncer (12).

13. Contém antioxidantes

Antioxidantes ajudam a combater os radicais livres, moléculas instáveis que têm potencial para danificar as células do seu corpo.
 
Eles são encontrados em vegetais, como legumes, frutas, nozes, grãos inteiros e leguminosas, e alimentos não processados de origem animal –apesar de, aqui, existirem em níveis mais baixos do que nas plantas.
 
Gemas contêm luteína e zeaxantina, substâncias que ajudam a proteger a retina contra doenças oculares (13).

14. São amigos do seu intestino

Alimento natural faz bem para o microbioma (bactérias que vivem em seu trato digestivo) do seu intestino. Ela ajuda as bactérias intestinais na fermentação de ácidos graxos de cadeia curta e na melhora do controle do açúcar no sangue.
 
Existe uma grande lista de alimentos que são benéficos para o aparelho digestório. O rol inclui alho, aspargos e cacau (14).

15. Ajudam a evitar excessos

Alimentos processados e fast-foods estão associados a excessos. Sem adição de açúcares e condimentos, a alimento natural pode provocar a sensação de saciedade antes de o cérebro perceber que está exagerando (15).

16. Mantém os dentes saudáveis

Com menos açúcares e carboidratos refinados, que fornecem sustento para as bactérias que causam placas e cáries, a boca fica menos propensa à deterioração dental. A combinação de açúcar e ácido presente nos refrigerantes é especialmente nocivo.
 
Um estudo mostrou que comer queijo melhorou a qualidade do esmalte do dente. O chá verde é outro forte aliado: pesquisas indicam que enxaguar a boca com chá verde reduziu significativamente a quantidade de erosão do esmalte (16).

17. Ajudam a reduzir o desejo por açúcar

O desejo por alimentos com grandes doses de açúcares, como bombons, pães doces e bolos, tende a diminuir e, em alguns casos, a desaparecer completamente, quando o seu corpo se acostuma com a comida real.
 
Ao limitar ou evitar alimentos com alto nível de açúcar, suas papilas gustativas se adaptam e passam a sentir o sabor de outra forma, produzindo uma reeducação do paladar (17).

18. Dão um bom exemplo para as futuras gerações

Dar o exemplo para os integrantes de sua família, como aos filhos, sobrinhos e netos, incentiva hábitos alimentares adequados e desenvolve o conhecimento das crianças sobre a boa nutrição (18).

19. Mantém você longe das “dietas da moda”

A mentalidade de “dieta da moda” geralmente é ruim a longo prazo, pois se concentra apenas nos números. A nutrição do corpo é mais do que reduzir medidas. A comida real procura dar energia e bem-estar, provando ser um hábito sustentável por toda a vida (19).

20. Ajudam a apoiar os agricultores locais

Para a economia local, a compra de produtos naturais apoia e estimula as pessoas que cultivam alimentos perto de você. Para o seu benefício, os alimentos produzidos na sua região são mais frescos e, portanto, mais saudáveis e saborosos (20).

21. São deliciosos

Se você não se preocupa muito com a saúde e a qualidade de vida, vale lembrar que a alimento natural é mais saborosa. Não à toa, os restaurantes mais caros do mundo usam apenas ingredientes frescos e, na maior parte das vezes, não processados.
 
Além disso, a relação do homem com a comida é mais do que simples sobrevivência: faz parte da própria história da humanidade (21).

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.