Cloreto de magnésio se tornou bastante popular nos últimos anos e é considerado por muitos como uma substância capaz de resolver desde problemas físicos até psicológicos. Porém, para o que ela realmente serve e quem deve consumi-la?
Em primeiro lugar, o magnésio é um mineral necessário para o organismo funcionar. Ele está relacionado com a boa saúde do coração, do cérebro e dos ossos. Além disso, pode melhorar o humor e auxiliar na prevenção da enxaqueca.
Por isso, a ingestão diária recomendada de magnésio é de aproximadamente 400 mg para homens e 300 mg para mulheres (1). Essa quantidade pode ser facilmente obtida por meio da alimentação. Couve, espinafre, amêndoas, leite, iogurte, kefir, banana e abacate são alimentos ricos em magnésio.
No entanto, também é possível obter o mineral utilizando suplementos. Existem diversos tipos e um deles é conhecido como cloreto de magnésio, composto formado por cloro e magnésio. Ele é um tipo de sal e costuma ser vendido em grãos para serem dissolvidos em água ou em cápsulas.
Como visto, o cloreto de magnésio é utilizado justamente por conta do magnésio, mineral imprescindível para diversas funções no organismo.
Confira abaixo alguns benefícios que ele proporciona:
De fato, o magnésio está relacionado com mais de 600 reações no corpo. O mineral auxilia a transformação do alimento ingerido em energia para as células, atua na formação de proteínas e participa do processo de contração muscular (2).
Curiosamente, mais de 60 % do magnésio pode ser encontrado nos ossos e nos músculos, o que justifica a importância dele para o movimento (3).
Por outro lado, a falta dessa substância pode ser responsável por cãibras, tremores e contrações musculares. Para reparar o problema, o cloreto de magnésio pode ser uma solução (4). Além disso, o magnésio também ajuda a criar e reparar o DNA e a regular os neurotransmissores que enviam mensagens do cérebro para o sistema nervoso.
Alguns estudos mostram que a deficiência de magnésio pode estar relacionada com processos inflamatórios, o que resultaria em doenças crônicas e obesidade (5 e 6).
O uso de suplementos, como o cloreto de magnésio, seria benéfico para a redução da inflação em pessoas com sobrepeso e aquelas com pré-diabetes (7 e 8).
Porém, vale lembrar que uma alimentação saudável e rica em magnésio também contribui para reduzir a inflamação.
O magnésio também atua nas funções cerebrais e no humor. Algumas pesquisas indicam que existe uma relação significativa entre o consumo do mineral e a depressão, principalmente entre pessoas mais jovens (9 e 10).
Embora mais pesquisas sobre o assunto sejam necessárias, os cientistas acreditam que quanto menor os níveis do mineral no corpo, maior a propensão para o desenvolvimento de desordens mentais, como depressão e ansiedade (11).
Para casos específicos, o uso de magnésio como suplemento foi responsável por uma diminuição significativa dos sintomas de depressão e ansiedade, mas os resultados ainda são inconclusivos sobre o assunto (12 e 13).
Mesmo que o cloreto de magnésio seja de fácil absorção, outros suplementos do mineral podem funcionar melhor para prevenir enxaqueca. Quem tem o problema geralmente sofre com dores intensas e debilitantes.
Pesquisas indicam que o uso diário de óxido de magnésio, por exemplo, pode ser muito eficaz para o tratamento de fortes dores de cabeça em decorrência do ciclo menstrual (14).
Alguns pesquisadores também observaram que quem tem enxaqueca costuma apresentar deficiência de magnésio (15). Outro estudo indica que o mineral é mais eficiente contra enxaqueca do que medicamentos comuns.
Por fim, o magnésio também contribui para a saúde dos ossos. A falta do mineral no organismo é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Essa doença causa fraqueza e eleva as chances de fraturas.
Além de diminuir a resistência dos ossos, a deficiência de magnésio está ligada aos baixos níveis de cálcio, principal responsável pela formação óssea (16 e 17).
Dessa forma, o uso do cloreto de magnésio pode ser efetivo para a manutenção de ossos saudáveis e inclusive para diminuir a fadiga e a fraqueza muscular (18).
Se você pesquisar na internet, certamente irá encontrar inúmeras formas de consumir o cloreto de magnésio e diversos benefícios.
Embora o uso do mineral seja considerado seguro por muitos especialistas, é sempre necessário consultar um médico. Somente ele é capaz de indicar para cada caso específico a necessidade ou não.
Por outro lado, quem faz uso contínuo de certos tipos de medicamentos — antibióticos, diuréticos ou laxantes, por exemplo — geralmente precisa da suplementação de magnésio.
Dependendo da situação, os médicos também podem recomendar a substância para pessoas com problemas cardíacos, osteoporose e diabetes.
Para utilizar o cloreto de magnésio basta diluir a medida de duas colheres de sopa rasas (cerca de 30 gramas) em um litro de água. Em média, beber 50 ml da mistura uma ou duas vezes ao dia já é o suficiente.
Porém, se a deficiência de magnésio é mais grave, a recomendação pode mudar. Por isso, novamente, vale a pena seguir uma orientação médica.
É importante ressaltar que o uso de cloreto de magnésio pode causar certos efeitos colaterais. Dores abdominais, vômitos e diarreias são os problemas mais comuns.
Além disso, o excesso dessa substância pode baixar a pressão sanguínea, provocar arritmia cardíaca e dificuldades respiratórias.
Já pessoas com certas condições de saúde, como sangramentos, problemas cardíacos, metabólicos ou renais, não devem utilizar o suplemento de cloreto de magnésio sem orientação médica.
De forma geral, é possível tomar cloreto de magnésio durante a gravidez. No entanto, somente o médico que faz o acompanhamento pré-natal poderá dizer se a mulher está liberada ou não para fazer uso do suplemento.
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.