Quase todo mundo pensa que ele é um vegetal, mas, na verdade, o tomate é um fruto e faz parte da família das berinjelas, pimentas e pimentões.
Ele é a principal fonte alimentar do antioxidante licopeno, que tem sido associado a muitos benefícios para a saúde, incluindo redução do risco de doenças cardíacas e câncer. É, ainda, rico nas vitamina C e K, além de conter uma boa quantidade de potássio e ácido fólico.
Apresentamos, neste artigo, tudo o que você precisa saber sobre esse fruto que mais parece um vegetal: dos benefícios proporcionados para a saúde às formas de consumo.
Nutrientes encontrados em cerca de 100 g de tomate maduro (1):
Carboidratos
Carboidratos compõem 4 % de tomates crus, o que equivale a menos de 5 gramas de carboidratos para um tomate de tamanho médio. 70 % são açúcares simples, como glicose e frutose.
Fibras
Tomates são uma boa fonte de fibras. Um tomate de tamanho médio fornece cerca de 1,5 gramas, sendo 70 % fibras insolúveis, como hemicelulose, celulose e lignina (2).
Vitaminas e minerais
Outros compostos vegetais
O conteúdo de vitaminas e compostos pode variar de acordo com as espécies e períodos de amostragem (7, 8, 9).
Com todos esses nutrientes e vitaminas, o fruto contribui para a prevenção e tratamento de diversas doenças. É, por exemplo, um dos principais ingredientes da alimentação mediterrânea, conhecida por garantir maior longevidade.
Uma das causas mais comuns de morte no mundo todo, as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas a partir do consumo de tomates.
Compostos antioxidantes como o licopeno e a vitamina C garantem o transporte de mais oxigênio pela corrente sanguínea, melhorando o fluxo do sangue e, consequentemente, a circulação, além de provocarem a redução dos níveis de colesterol.
Um estudo realizado com em homens de meia-idade demonstrou que os baixos níveis de carotenoides, como o licopeno e betacaroteno, estão relacionados ao aumento do risco de ataques cardíacos e derrames (14, 15).
Diversos ensaios clínicos constataram, ainda, que a suplementação de licopeno é eficaz na redução do colesterol “ruim”, o LDL (16).
Apontaram, também, que os produtos de tomate contribuem para combater a inflamação e para baixar os marcadores do estresse oxidativo (17, 18), ao mesmo tempo que constataram que o fruto provoca um efeito protetor na camada interna dos vasos sanguíneos, diminuindo o risco de coagulação do sangue (19, 20).
Os fitonutrientes e antioxidantes presentes no fruto são associados à redução do risco de desenvolvimento de neoplasias. Estudos descobriram que o tomate e os produtos produzidos a partir dele provocam menor incidência de câncer de próstata, pulmão e estômago (21, 22).
Já outro estudo, realizado com mulheres, demonstrou que altas concentrações de carotenoides, encontrados em grande quantidade no tomate, podem proteger contra o desenvolvimento do câncer de mama (23, 24).
A pele também é beneficiada pela ação do licopeno, que pode proteger dos danos causados pelos raios solares, além de eliminar a sensibilidade provocada por eles, o que garante menos rugas e linhas de expressão (25, 26).
Um estudo demonstrou que há 40 % menos queimaduras solares após a ingestão de 40 gramas de extrato de tomate, todos os dias, durante 10 semanas (27).
A ação antioxidante do tomate pode ser benéfica para a saúde dos olhos. Além do licopeno, ele possui ainda outros carotenoides como o betacaroteno, zeaxantina e luteína, que reduzem as chances de doenças oftalmológicas como a catarata e a degeneração macular. Além disso, ele contém vitamina A, que contribui para reforçar essa ação, evitando a cegueira (28, 29).
O tomate pode ser um grande aliado para quem quer perder peso de forma saudável. Não apenas por ser rico em nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, mas também por conter um baixo teor calórico (30).
Estudos têm demostrado que pessoas com diabetes tipo 1 que aderem a dietas ricas em fibras têm níveis mais baixos de glicose no sangue, enquanto pessoas com diabetes tipo 2 podem ter níveis de açúcar, lipídios e insulina melhorados. Um tomate médio contém cerca de 2 gramas de fibras.
Além disso, por ser uma fonte rica no mineral cromo, que ajuda na regulação da ação da insulina e seus efeitos no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, o tomate contribui para diminuir a resistência à insulina, o que é fundamental para os portadores da doença (31, 32, 33, 34).
Diversos estudos indicam que o estresse oxidativo desempenha um papel importante na patogênese do Alzheimer. Assim, uma dieta rica em antioxidantes ajuda a preveni-la. Além do betacaroteno presente no tomate, que apresenta esse efeito, a vitamina C fornecida por ele está entre os nutrientes que contribuem para prevenção da doença (35, 36).
Diversos estudos também já demonstraram que a ingestão de ácido fólico é essencial antes e durante o período da gravidez, uma vez que ele previne doenças no tubo neural e cérebro do feto. O tomate é uma fonte rica desse nutriente e pode, portanto, ser consumido durante a gestação (37, 38).
A presença do licopeno na composição do tomate contribui para melhorar a qualidade do sono. Por isso, muitos médicos recomendam o consumo dele antes do dormir (39, 40).
O tomate possui em sua composição uma substância chamada tomatidina, que inibe a atrofia muscular. O fruto, principalmente ainda verde, pode ajudar a estimular a síntese proteica, favorecendo o crescimento dos músculos do nosso corpo (41, 42).
Fáceis de adicionar à dieta, tomates podem ser consumidos crus, em saladas, sanduíches, molhos, sopas e sucos.
São um ingrediente bastante comum no preparo de bruschettas e pizzas. Podem ser refogados com outros vegetais, recheados (assados ou grelhados), preparados em conserva, desidratados, além de serem ótimos para o preparo de chips, ideais para um lanche rápido.
Tomates também são facilmente cultivados. As espécies menores, como o tomate cereja por exemplo, podem, inclusive, ser cultivadas em casa, em vasos ou jardineiras, livres de agrotóxicos.
Quem tem psoríase também deve evitar o consumo de tomates. O fruto é rico em níquel, metal que pode provocar surtos dessa doença. Essa patologia é genética, autoimune e se caracteriza pelo aparecimento de lesões avermelhadas que acometem cotovelos, couro cabeludo, joelhos e região lombar.
Ao consumir o tomate devidamente, você estará garantindo uma alimentação riquíssima em nutrientes totalmente saudáveis para o nosso organismo!
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.