A frutose é um açúcar natural encontrado em algumas frutas, vegetais e também em algumas sementes como o feijão e a lentilha. É a substância responsável pelo sabor doce das frutas e pela concessão da energia necessária para o bom funcionamento do nosso corpo.
Por ser considerado um alimento natural, ela tem sido usada na fabricação de adoçantes e acrescentada em produtos industrializados como sucos, refrigerantes e biscoitos. Isso porque atualmente a substância representa uma alternativa saudável em substituição ao açúcar refinado.
A frutose pertence ao grupo dos açúcares simples, que oferecem energia para o nosso corpo (1). Ela é encontrada em várias frutas e por causa disso possui esse nome (do latim fructus).
Além das frutas, o açúcar natural também está presente nos grãos como feijão, ervilha e a soja. Além destes, outros alimentos também possuem frutose, como o repolho, a batata doce, a beterraba e a cenoura. O mel e o xarope de milho também são ricos em frutose.
Cabe mencionar que para que a frutose funcione corretamente no organismo, ela precisa ser consumida sem exageros. Do contrário, esse ingrediente natural pode causar diabetes e uma série de outros problemas relacionados à saúde.
Tanto a frutose quanto a glicose fazem parte do grupo de carboidratos simples, ou seja, dos monossacarídeos (3). Mas, apesar de terem fórmulas moleculares parecidas, as duas substâncias se diferem por causa de algumas particularidades.
A primeira dessas diferenças refere-se ao grupo molecular das duas substâncias. Enquanto a molécula da primeira pertence ao grupo cetona, a molécula da segunda pertence ao grupo aldeído.
A segunda diferença diz respeito à forma com que o organismo metaboliza as duas substâncias: enquanto a glicose entra na corrente sanguínea e após ser metabolizada é convertida em energia ou armazenada na forma de glicogênio, a frutose é convertida em energia, porém, armazenada como gordura.
Entendeu porque o consumo em excesso desse “açúcar natural” tem como resultado o ganho de peso?O açúcar natural das frutas é bem mais doce do que a glicose e do que a sacarose. Portanto, a substância é muito utilizada pelas indústrias de alimentos na produção de sucos, refrigerantes e demais produtos industrializados. Por conta disso, passamos a consumir a frutose em excesso, pois esse açúcar natural também é ingerido através de frutas, alguns legumes e através do nosso feijão do dia a dia.
A frutose é metabolizada no fígado e posteriormente transformada em glicose para ser utilizada como energia. Porém, para que a glicose seja levada até as células, ela precisa da insulina, que é uma substância produzida pelo pâncreas.
O problema é que quando há excesso de frutose no organismo, os níveis de glicose no sangue tornam-se elevados, mas, isso não afeta diretamente a quantidade da insulina. Em outras palavras, há um desequilíbrio metabólico, conhecido como resistência à insulina.
Nessa alteração metabólica, o pâncreas até produz o hormônio para levar a glicose até as células, mas este acaba agindo de forma ineficaz ou insuficiente. Assim, o excesso de glicose não é transformado em energia e acaba se acumulando no sangue. Como resultado, temos os quadros de pré-diabetes ou até mesmo do diabetes propriamente dito.
Além de contribuir para os quadros de diabetes, o excesso deste “inofensivo” açúcar natural também pode resultar em outras doenças metabólicas, como por exemplo, colesterol alto e aumento de triglicerídeos no organismo (4). Mas essas não são as únicas doenças causadas pelo excesso desse açúcar no organismo; veja a seguir outros males:
Podemos concluir, então, que o consumo exagerado de frutose pode causar diversos males à saúde, como obesidade, doenças cardiovasculares e hepáticas. Para se livrar destes e de outros problemas relacionados ao uso excessivo desse açúcar natural, adote uma alimentação equilibrada e pratique exercícios físicos de forma regular.
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.