15 remédios caseiros para evitar a dor de cabeça

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Muito comum, a dor de cabeça atinge cerca de metade da população do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) (1). No Brasil, um estudo do Ibope mostrou que a condição é apontada por 65% dos brasileiros como o principal motivo de dor, seguido por dores nas costas e musculares (2).

Diferente do que muitos pensam, esse tipo de dor é um sintoma e não uma doença. Além disso, existem mais de 200 tipos de dores de cabeça, o que torna ainda mais complicado o diagnóstico e tratamento correto.

No entanto, uma coisa é certa. Utilizar analgésicos de forma indiscriminada e sem recomendação médica pode piorar a condição. Por outro lado, remédios caseiros para dor de cabeça podem ser uma alternativa excelente para combater o problema de intensidade leve ou moderada.

Quais são as soluções naturais contra a dor de cabeça?

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Se você procura por uma solução mais natural, saiba que existem práticas efetivas que são popularmente conhecidas como remédios caseiros para dor de cabeça.

Mesmo assim, vale ressaltar que elas proporcionam um alívio de dores leves e moderadas e não substituem o tratamento mais indicado pelo médico para casos específicos.

De maneira geral, quem quiser se ver livre das dores de cabeça pode colocar em prática as seguintes soluções:

1. Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas

Tomar cerveja, vinho, caipirinha ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica pode servir de gatilho para o surgimento das dores de cabeça. Alguns estudos mostram que isso é responsável por entre 10 % a 30 % dos casos de enxaqueca (4).

Por ser uma substância vasodilatadora, o álcool também pode piorar o quadro de cefaleia tensional ou cefaleia em salvas (5).

Assim, a recomendação para quem tem esses três tipos de dores de cabeça é evitar bebidas ou reduzir o consumo. Segundo a Associação Americana de Diabetes, a recomendação é de até 1 dose de bebida alcoólica por dia para mulheres e duas para homens (6).

2. Controlar a ingestão de açúcar

A falta ou o excesso dos níveis de açúcar no sangue podem causar uma série de problemas para o organismo. Assim, tanto a hipoglicemia quanto a hiperglicemia têm como sintoma comum a dor de cabeça, justamente por conta da oscilação da glicose no corpo.

Para evitar as duas condições é fundamental manter uma dieta equilibrada e controlar a quantidade de açúcar ingerida. De acordo com a OMS, o açúcar adicionado na alimentação deve representar de 5% a 10% do total de calorias ingeridas por dia (7).

3. Beber água

Além de uma série de problemas, a falta de água no organismo também pode causar dores de cabeça. Pesquisas indicam que a desidratação crônica, por exemplo, resulta em cefaleia tensional e enxaqueca (8).

Da mesma forma, beber água traz alívio para as dores de cabeças em pessoas com quadro de desidratação. E o efeito começa a surgir em um período que varia de 30 minutos a três horas (9).

4. Dormir bem

Uma boa noite de sono traz inúmeros benefícios para o corpo, tanto com relação à recuperação do organismo quanto para a memória, regulação hormonal e manutenção da temperatura (10).

Além disso, pesquisas já identificaram que pessoas que dormem menos do que seis horas por noite tendem a sofrer mais com a dor de cabeça do que aquelas que tem um período de sono mais longo (11).

Para evitar esse problema e se manter saudável a recomendação é dormir entre 7 e 9 horas (12), embora isso possa variar bastante ao longo da vida e de acordo com cada indivíduo.

5. Beber café ou chá com moderação

Café ou chás que contenham cafeína, se consumidos com moderação, também ajudam a aliviar a dor de cabeça. Isso acontece por que a substância está relacionada com a melhora do humor, da disposição e da circulação sanguínea (13).

Mas, é necessário ficar atento quanto ao exagero, pois uma privação de cafeína para quem utiliza muito a substância pode ter como consequência o aumento das dores de cabeça.

6. Sair do sedentarismo

Quer diminuir a frequência e intensidade das dores de cabeça? Então, pratique exercícios e saia do sedentarismo. Um estudo feito com mais de 90 mil pessoas mostrou que quanto menor o nível de atividade física, maior o risco da incidência de diversos tipos de cefaleia (14).

Caminhar e pedalar pode ser um bom começo para quem deseja se mexer mais. Se não puder ser ao ar livre, não tem problema. De acordo com uma pesquisa, praticar 40 minutos de bicicleta ergométrica três vezes por semana pode ser mais efetivo do que técnicas de relaxamento para reduzir a dor de cabeça frequente (15).

7. Praticar yoga

Fazer yoga é uma atividade física saudável, capaz de auxiliar a redução do estresse e aumentar flexibilidade. Porém, a prática também contribui para a diminuição de dores, como as causadas pela enxaqueca.

Um estudo concluiu que aliar o tratamento convencional com a yoga contribui de forma mais eficiente para a redução da intensidade e frequência da dor de cabeça do que apenas os métodos tradicionais (16).

8. Fazer acupuntura

Tradicional da medicina chinesa, acupuntura pode ser utilizada como tratamento natural para diversos problemas. As agulhas colocadas em pontos específicos do corpo promovem o equilíbrio do organismo.

Dessa forma, a técnica chega a ser mais eficaz do que certos tratamentos convencionais contra dores de cabeça e apresenta melhores resultados do que remédios tradicionais utilizados para combater enxaqueca crônica (17 e 18).

9. Usar compressa fria

É comum o uso de bolsa de água quente para aliviar dores abdominais e cólicas, por exemplo, mas as compressas frias também são eficazes contra uma série de problemas, incluindo as dores de cabeça.

Aplicar gelo ou um pano frio na região do pescoço ou da cabeça diminui a inflamação e melhora a circulação sanguínea, contribuindo para a redução da dor (19).

10. Evitar aromas ou odores fortes

Perfumes fortes ou o cheiro do cigarro, por exemplo, são desencadeadores de dor de cabeça, principalmente em pessoas que já têm uma disposição para enxaqueca.

A osmofobia, ou seja, a hipersensibilidade aos odores, é algo comum em quem tem cefaleia crônica (20). Um estudo indicou que cheiros fortes geralmente funcionam como gatilho para a dor de cabeça começar, principalmente entre aqueles que sofrem de enxaqueca ou de cefaleia tensional (21).

11. Inserir magnésio na alimentação

O magnésio é um mineral que atua em diversas funções no organismo. Além disso, pesquisadores têm investigado a relação dele com a dor de cabeça.

Existem indicativos de que a deficiência dessa substância é mais comum em pessoas que têm enxaqueca em comparação com outras que não têm (22).

Assim, uma possível forma de tratar o problema seria fazer o uso de suplementação de magnésio (23). Porém, isso só pode ser recomendado por um médico, que pedirá exames para avaliar se a pessoa tem ou não deficiência do mineral e se isso está relacionado com a dor de cabeça.

12. Utilizar óleos essenciais

Os óleos essenciais também fazem parte da lista de remédios caseiros para dor de cabeça. Os feitos de lavanda e menta, por exemplo, ajudam muito a reduzir o problema.

Se a dor é tensional, basta aplicar e massagear a região acima das orelhas com um pouco de óleo essencial de menta (24).

Por outro lado, inalar o óleo de lavanda é bastante efetivo para reduzir as dores causadas pela enxaqueca (25).

13. Consumir alimentos ricos em vitamina B

As vitaminas do complexo B, como o ácido fólico e a B12, atuam de diversas maneiras no corpo, principalmente para auxiliar a transformação dos alimentos consumidos em energia para o organismo (26).

Além disso, alguns estudos indicam que elas agem de forma eficaz contra dores de cabeça, tanto diminuindo a frequência quanto a intensidade (27 e 28).

14. Preferir alimentos naturais em vez dos ultraprocessados

Comer comida de verdade é uma das formas de se manter saudável e evitar uma série de problemas de saúde. Mas, sabia que isso também ajuda você a se proteger contra dores de cabeça? Sim, e muito!

Produtos ultraprocessados como linguiça pronta e salsicha, por exemplo, contêm nitrito e nitratos, substâncias que servem para conservar e manter o aspecto fresco do alimento.

Porém, em excesso elas causariam a expansão dos vasos sanguíneos, um dos fatores responsáveis por desencadear as dores de cabeça (29).

Para minimizar esse processo, dê preferência aos produtos naturais e pouco processados na alimentação.

15. Evitar uso de remédios para dor

Já ouviu dizer sobre uma pessoa que toma a toda hora remédio para dor de cabeça e ela não passa? Na verdade, o uso excessivo de analgésicos, de forma indiscriminada e sem orientação médica pode causar mais dor ainda.

Isso acontece, pois, ao consumir muito remédio desse tipo, o cérebro passa a produzir menos endorfina, substância que naturalmente protege o corpo contra a dor.

E no Brasil a automedicação é muito comum. Uma pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia mostra que mais de 80 % das pessoas que sentem dor de cabeça tomam remédio por conta própria (30).

Porém, fica o alerta que essa prática pode, na verdade, agravar a situação.

O que é a dor de cabeça?

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Como dito, a dor de cabeça acontece por motivos variados e tem diferentes níveis de intensidade. Também conhecida como cefaleia, ela pode ser dividida em dois grupos, chamados de primária e secundário. Enxaqueca, cefaleia tensional e cefaleia em salvas são classificadas como dores de cabeça primárias. Já as secundárias são mais comuns e estão relacionadas com doenças como sinusite, gripes e resfriados, lesões no crânio, distúrbios no ouvido, fibromialgia, entre outras (3).

De forma geral, a cefaleia tensional acontece por conta da tensão na região do pescoço ou do crânio e a dor costuma ser na testa, nuca ou no topo da cabeça. Já no caso da cefaleia em salvas, que geralmente afeta mais os homens, a dor é muito intensa, provoca uma sensação de que algo está pulsando em um dos lados da cabeça e causa vermelhidão nos olhos.

A enxaqueca, por sua vez, acomete mais as mulheres e tem como característica uma dor em um dos lados da cabeça, causando muitas vezes sensibilidade à luz e sons, ânsia e até vômitos.

Quando é necessário procurar um médico?

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Se depois de testar alguns remédios caseiros para dor de cabeça e o problema persistir, é fundamental procurar um médico.

No entanto, antes de agendar uma consulta, observe os sintomas e anote quantas vezes isso acontece com você. Se passar de três episódios ou chegar a 10 ou 15 casos no intervalo de 30 dias, é imprescindível ir a um especialista para que ele possa fazer o diagnóstico e indicar a melhor forma de tratar e controlar o problema.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.